terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Uma breve história dos sapatos

Estudos dizem que os primeiros sapatos foram encontrados em 8.000 anos AC, e eram espécies de meias feitas de palha e madeira. Outra informação que se têm é de que em 3.000 A.C os egípcios já faziam inscrições nas paredes ilustrando as pessoas usando sapatos e até mesmo alguns sendo feitos.Os sapatos no decorrer da história já serviram de elemento diferenciador das classes sociais. Na Grécia Antiga, os escravos eram diferenciados por não usarem qualquer tipo de cobertura nos pés. Já em Roma o imperador Aurélio determinou que apenas ele e seus descendentes poderiam usar as famosas sandálias romanas na cor vermelha. E na corte de Luís XIV os homens usavam saltos altíssimos também na cor vermelha, um sinal de que os aristocratas não trabalhavam e nem mesmo precisavam andar sobre as poeiras das estradas européias. No século XVI, os saltos altos eram exclusividade dos homens, assim como a ostentação de todo o traje. Além de saltos altos, os sapatos da nobreza possuíam um design específico e geralmente eram bordados com fios de ouro e revestidos em seda pura ou brocado.Apenas a partir do século XVIII se iniciou a manufatura do calçado, e já no final deste mesmo século apareceram as primeiras fábricas de calçados na Europa, tornando o produto mais barato acessível à população. Na época do Diretório, a moda pedia sapatos baixos e sandálias amarradas parecidas com as da Grécia Antiga. Já em meados do século XIX foram lançados os primeiros sapatos esportivos, após Elias Howe inventar a máquina de costura.No início do século XX os sapatos continuavam bem parecidos aos modelos do século anterior, as saias ainda cobriam os pés das mulheres e o modelo mais popular continuou sendo a bota da Rainha Vitória. A década de 20 trouxe um novo ânimo a todos após a Primeira Grande Guerra, e os sapatos mais procurados eram os de noite. A mulher ganhara seu espaço com o movimento feminista e saía a noite, dançava e fumava, e essas eram as maiores diversões das moças dos anos 20. Nos anos 30, a grande depressão exigiu que os que ainda tinham dinheiro ostentasse muito, fingindo que tudo estava sob controle, enquanto grande parte da população ainda passava por graves crises financeiras e sonhava com as estrelas de cinema. Foi nesta década que a plataforma apareceu, criada por designers como André Perugia e Salvatore Ferragamo. As plataformas estavam nos pés de muitas mulheres, e de todas as atrizes de cinema.A Segunda Guerra Mundial fez com que as mulheres se preocupassem muito pouco com os sapatos, e nesta época, materiais alternativos começaram a ser usados para a sua fabricação. A sola de cortiça até então considerada estranha, se tornou típica desta década.Na década de 50 o otimismo havia voltado e os homens também, então a mulher passou a ser mais feminina do que nunca e mesmo com as mais diversas tarefas da dona-de-casa, as mulheres estavam sempre postas em saltos altíssimos, e bastante finos. Os anos 60 revolucionaram com botas futuristas brancas ou em qualquer cor neon de Mary Quant e Courréges e com as plataformas, que voltaram a cena no final da década com a explosão do movimento hyppie.O vale-tudo da década de 70 concretizou a democracia da moda, onde plataformas, chinelos, sandálias, botas de cowboy ou patchwork, tudo era cool, desde que bastante misturado. Nos anos 80 os scarpins davam a conotação de poder que a mulher precisava para enfrentar as reuniões de negócios, sem contar a moda esportiva que também invadiu os pés de todo o mundo.O fim do século XX foi uma grande releitura de estilos, saltos, bicos e formas, apenas com uma nova roupagem, e na década de 90 vale muita coisa, desde que combine com o estilo de quem usa. O século XXI está aí para mostrar que mais do que o próprio design do calçado, o material é o que define que sapato usar, sem esquecer é claro que nunca deixará de ser um objeto de desejo. O conforto e a praticidade precisam estar aliados à beleza, e o produtor de calçado tem que sempre estar atento a estes novos anseios e necessidades para oferecer um produto que também entre para a história.
fonte:
texto extraído do site: http://www.santamoda.com.br/ (por Karen Ricci)

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